2020 foi um ano desafiador, onde não conseguimos efetivar planejamentos e planos, que tivemos que nos adaptar a novos prazos e novas regras, que deixamos de promover encontros presenciais e apertos de mão, deixamos para trás abraços e convívio social. Um ano onde tivemos que buscar alternativas para a nossa vida como um todo, e nos nossos negócios não foi diferente. Fomos atrás de mudanças impostas a um custo elevado, com portas fechadas por um lockdown que na época não era compreensível ao nosso entendimento. Um vírus novo, que não sabíamos, e ainda não sabemos, até onde ele pode chegar e trazer danos irreversíveis. Adaptamos-nos às regras impostas para segurança e vimos com tudo isso muitos negócios lutarem para sobreviver, mas também vimos empresas aproveitando oportunidade e ocupando lacunas. O Índice de Performance Econômica das Regiões de Santa Catarina (IPER-SC) registrou queda de -14,2% na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2020, na série com ajuste sazonal. É a maior queda registrada na série histórica do indicador que iniciou em 2004. O impacto do novo coronavírus sobre a economia catarinense e suas regiões, principalmente no segundo trimestre, é sentido por todo o empresariado. Foi o período de maior queda de todo movimento econômico tanto no estado como no país, e sentimos isso na pele.
E o que esperar para 2021. Novas restrições impostas por uma alta absurda no número de casos e os hospitais em colapso. Quando esperávamos que a situação começassem a amenizar com a chegada da vacina, mas o que ainda vemos é um cenário desafiador. É de fundamental importância as ações de mitigação dos efeitos mais severos que esta nova crise traz, para que sejam os menores possíveis e que os desafios que o momento apresenta sejam superados de forma a atenuar tais impactos. Alguns pontos são essenciais para entender os dados. Os primeiros casos de Covid–19 se concentraram nas regiões litorâneas e centrais do estado como a Grande Florianópolis, Norte, Vale do Itajaí, impactando mais rapidamente a economia dessas regiões. As atividades econômicas estruturadas no interior foram uma das menos afetadas, como a produção de alimentos e agronegócio em geral. A diversificação econômica de Santa Catarina contribuirá para atenuar efeitos negativos maiores na economia, principalmente já observando os indicadores econômicos mais recentes que revelam uma recuperação positiva no estado. E por último, o destaque as medidas econômicas adotadas para atenuação dos efeitos negativos da crise como o aumento do crédito, medida do auxílio emergencial, medidas tributárias, entre outras que foram essenciais para este momento de pandemia.
Também vemos como o associativismo, a união dos empresários foi e é importante em momentos como este. Mais do que nunca, trabalhar lado-a-lado, unir esforços, buscar soluções em conjunto, pensar além do seu próprio negócio, e em toda a comunidade e economia local, fez a diferença para atravessarmos todas as dificuldades enfrentadas. Conseguimos reverter situações graves, conseguimos melhorias para a infraestrutura e bloquear aumento de impostos. Temos certeza que juntos somos mais e vamos mais longe.
Sérgio Rodrigues Alves
Presidente da FACISC
Com mais de 45 anos de atuação, a FACISC possui ampla capilaridade de atuação e diversidade de setores que representa através do associativismo, como por exemplo, a indústria, o comércio, a prestação de serviços, o agronegócio, os profissionais liberais, o turismo e diversos outros. Saiba mais.