OPINIÃO: Indústria Catarinense – o caminho da inovação

A inovação se consolida cada vez mais como estratégia e, por isso, também é um desafio para empresas e sociedade. Conforme estudo recente da consultoria Accenture, o PIB mundial poderia crescer em até 8 trilhões de dólares se a mentalidade de inovação se ampliasse em 10%. Inovar é determinante para pessoas ou empresas que queiram se manter integradas a um mercado global em contínua transformação. 

A pandemia da Covid-19 é emblemática nesse sentido. Conforme pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), entre 500 médias e grandes indústrias ouvidas, 88% disseram terem buscado soluções para a crise por meio da inovação e praticamente todas elas relataram ganhos de produtividade, competitividade e/ou lucratividade. 

Apesar do consenso sobre a importância da inovação, o Brasil tem um longo caminho a percorrer, como bem alertou o presidente da Airbus Brasil e do Conselho da Helibras, Gilberto Peralta, em recente evento da CNI. Ao destacar que o SENAI sabe exatamente o que as empresas necessitam para se desenvolver, o empresário preveniu que a inovação exige educação de base e de qualidade. Conforme ele disse, o futuro não exigirá pessoas que apertem parafusos, mas aqueles que desenvolvam máquinas para essa função.

A indústria catarinense se mostra atenta a esse movimento mundial e vem fazendo a sua parte. Foi emblemático, neste sentido, o resultado do Prêmio Nacional de Inovação – promovido pela CNI, em parceria com a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), Finep e Sebrae – no qual as catarinenses Weg, Nugali, Nanovetores e Aquarela conquistaram quatro das 15 categorias em disputa, além do destaque para o Café Jurerê, que foi finalista. Essas indústrias, às quais renovamos nossas congratulações, representam um modelo de gestão cada vez mais presente em nosso estado e que deve ser reconhecido pela capacidade de impulsionar a consolidação e o crescimento de nosso parque fabril.