Confira artigo do presidente da Fetrancesc, Dagnor Schneider.
A infraestrutura rodoviária de Santa Catarina enfrenta desafios que exigem atenção e ações imediatas. Como entidade representativa do transporte rodoviário de cargas, a Fetrancesc acompanha de perto a situação das rodovias do Estado e reforça a necessidade de investimentos robustos e recorrentes para a ampliação e manutenção da malha rodoviária. Nosso estado tem a quinta maior frota de veículos pesados do Brasil e uma das menores malhas pavimentadas do país.
Precisaríamos ter 2,5 mil quilômetros a mais de rodovias pavimentadas para nos igualarmos ao vizinho Paraná, que é um exemplo, mas também uma ameaça econômica. Só com planejamento a longo prazo e ampliação da capacidade de tráfego garantiremos a segurança e a competitividade não só do setor, mas da economia catarinense.
Um dos pontos mais sensíveis está relacionado à colapsada e perigosa BR-101 Norte, hoje sob o comando da Arteris. É fundamental destacar também o papel dos entes públicos na gestão do contrato com a concessionária. A falta de rigor na fiscalização contribuiu para o atual cenário da BR-101. Obras essenciais foram apontadas há mais de 10 anos, e apenas agora começam a ser consideradas.
Um estudo feito pelo Observatório Fetrancesc, uma plataforma aberta, que tem como objetivo refletir o cenário socioeconômico do Estado e do setor de transportes, apontou que, fazendo as obras de melhorias apresentadas pela concessionária na proposta de repactuação, já em 2030, estaríamos na mesma situação caótica de hoje. Sabemos que qualquer obra executada para dar fluidez e segurança para quem trafega nas rodovias é bem-vinda e necessária. Porém, não acreditamos que essas intervenções representem uma solução definitiva.
Por isso, batemos tanto na tecla da Via Mar. É a melhor alternativa que temos para desafogar o trânsito na região. Fica o apelo para que os estudos e projetos sejam entregues dentro do menor prazo possível para que a obra saia logo do papel.
O transporte rodoviário de cargas é vital para a economia de Santa Catarina e do Brasil. Precisamos de rodovias seguras e eficientes para garantir o crescimento do setor e a qualidade de vida de todos que dependem dessas vias. Os transportadores continuarão atuando para que esse tema seja tratado com a seriedade e a urgência que merece, sempre em busca de melhorias concretas. Precisamos pensar em ações que irão fortalecer o presente e servirão de legado para o futuro.