A queda de barreiras na BR-101, no Morro dos Cavalos, em Palhoça, e o consequente bloqueio do trânsito na principal rodovia federal de Santa Catarina revelam, mais uma vez, a situação angustiante a que todos os catarinenses estão suscetíveis quando se trata de mobilidade e de infraestrutura rodoviária em nosso estado.
Há motoristas sem acesso à alimentação, sem banheiros e sem local adequado para dormir. Os que resolvem usar a rota alternativa acabam ficando novamente na fila e congestionando outras vias já saturadas, como a BR-282.
Episódios como este demonstram a fragilidade de nossa malha viária a cada precipitação pluviométrica acima do normal. Chove-se muito em Santa Catarina, mas o que realmente está sendo feito para manter a segurança dos motoristas e permitir o amplo desenvolvimento econômico do estado? Rodovia parada é sinal de carga represada e economia estagnada.
Santa Catarina já sofre diariamente com estradas precárias, sem manutenção e sinalização. Quando não são os buracos e o excesso de chuva os vilões, há o trânsito intenso e os congestionamentos, como os da BR-101 Norte.
É lamentável termos de conviver com o descaso de décadas em relação ao maior patrimônio do estado, que são nossas rodovias. E é frustrante sabermos que as soluções ainda estão tão distantes da realidade. É urgentíssima a necessidade de melhorias, de ampliação da malha viária, da construção de novas vias alternativas e de investimentos constantes em manutenção. Sem isso, continuaremos presos em filas, sem atendimento às necessidades mais básicas do ser humano.
Dagnor Schneider
Presidente da FETRANCESC
A FETRANCESC atua na inovação de conceitos do transporte de carga, da importância do segmento na cadeia produtiva do País, na inserção do setor nos debates e decisões tomadas tanto em níveis governamentais, quanto de entidades empresariais e sociedade civil. Saiba mais.